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24-02-2012

Bióloga da UA descobriu quatro novas espécies de insetos na gruta mais profunda da Terra.


Uma Bióloga de Aveiro já descobriu sete espécies de insetos. Sofia Reboleira ajuda a descobrir quatro novas espécies de insetos na ...

Uma Bióloga de Aveiro já descobriu sete espécies de insetos. Sofia Reboleira ajuda a descobrir quatro novas espécies de insetos na gruta mais profunda à face da Terra. São insetos primitivos, não têm asas nem olhos, e foram descobertos a quase dois quilómetros de profundidade na gruta mais profunda do planeta. As quatro novas espécies de insetos nunca antes vistas por olhos humanos foram encontrados por Sofia Reboleira, investigadora do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA), na gruta Krubera-Vorónia, localizada na região da Abkhazia, no Norte da Geórgia e perto do Mar Negro, com 2191 metros de profundidade.

Os insectos que medem entre um e quatro milímetros, já foram batizados e dão pelo nome de Anurida stereoodorata, Deuteraphorura kruberaensis, Schaefferia profundisima e Plutomurus ortobalaganensis. Este último, encontrado a 1980 metros de profundidade, é mesmo o animal subterrâneo terrestre mais profundo até agora conhecido pela ciência.

“Estes animais são tipicamente espécies cavernícolas, chamados troglóbios, animais adaptados à vida no meio subterrâneo. Vivendo num ambiente onde não penetra a luz solar e onde o alimento é escasso, estes animais são despigmentados, sem olhos e com estruturas sensoriais muito desenvolvidas e muito raros”, descreve a cientista.

Inserida numa expedição ibero-russa, a CAVEX Team, um grupo de explorações espeleológicas que desvenda os segredos da Krubera-Vorónia há mais de 10 anos e que conseguiu já vários recordes do mundo de profundidade no interior dessa cavidade, a cientista Sofia Reboleira não projetava encontrar novas espécies na gruta.

"Fomos com expectativas muito baixas, porque não se conhecia nenhuma fauna nas cavidades daquela zona, nem abaixo dos 1000 metros de profundidade em nenhuma parte do mundo, e a biodiversidade que encontrámos a grandes profundidades foi verdadeiramente surpreendente», lembra Sofia Reboleira apontando a dificuldade da investigação dentro da cavidade devido às baixas temperaturas, que oscilam entre os 0.5 e os 5 graus, e à presença constante de águas frias.

A descoberta de Sofia Reboleira, e do colega espanhol Alberto Sendra, do Museu Valenciano de História Natural, aconteceu em 2010. O zoólogo Enrique Baquero, da Universidade de Navarra, descreveu as novas espécies num artigo publicado agora na revista Terrestrial Arthropod Reviews.

A bióloga e espeleóloga, Sofia Reboleira, que de momento está «100 por cento concentrada em terminar o doutoramento em fauna cavernícola de Portugal, na UA», já tem no currículo a descoberta de novas espécies em grutas portuguesas. Em dezembro de 2010 a investigadora anunciou a descoberta de um pseudoescorpião (o Titanobochica magna) e de um escaravelho (o Trechus tatai) no Algarve e em Montejunto.

Em 2011 a cientista publicou na revista Zootaxa um artigo em que anunciou a descoberta numa gruta do Algarve de um inseto cavernícola, que mede pouco mais de três milímetros, denominado por Litocampa mendesi.

Texto: UA

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